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História

Meprobamato

     A produção de carbamato de etilo foi predominantemente reportada na primeira metade do século XX. Uma das principais utilizações do carbamato de metilo e etilo foi no fabrico de meprobamato, e o sucesso espetacular deste fármaco como sedativo na década de 50 levou a uma procura para a produção comercial destes intermediários [1]. Atualmente, a Agência Europeia do Medicamento (EMA) recomendou a suspensão das autorizações de introdução no mercado (AIM) dos medicamentos para uso oral contendo a substância ativa meprobamato em todos os países da União Europeia, devido ao facto de os riscos destes medicamentos, em particular o risco de efeitos neurológicos graves, serem superiores aos benefícios. Em Portugal não são comercializados medicamentos contendo esta substância ativa [2].
   O carbamato de etilo foi utlizado como um acabamento para alisar a roupa na indústria têxtil, como um solvente, em amaciadores de cabelo, na preparação de ácidos sulfúricos, como um agente de extração de hidrocarbonetos de petróleo bruto e como um agente de aumento de sabor dos alimentos [1]. 
    O carbamato de etilo foi também usado como agente hipnótico no final do século XIX, mas a sua utilização foi interrompida com o aparecimento dos barbitúricos. Foi testado para o tratamento do cancro e como co-solvente na água para dissolver analgésicos insolúveis em água utilizados para a dor pós-operatória. Tem vindo a ser usado como agente anti-leucémico no tratamento do mieloma múltiplo. Atualmente, o carbamato de etilo é mais usado em medicina veterinária como anestésico para animais de laboratório [1].
 
 
[1] Humans, I.W.G.o.t.E.o.C.R.t., Alcohol consumption and ethyl carbamate. IARC Monogr Eval Carcinog Risks Hum, 2010. 96: p. 3-1383.

[2] Infarmed. Meprobamato - recomendação de suspensão das autorizações de introdução no mercado (AIM) Circular Informativa N.º 012/CD Data: 20/01/2012.  [cited 2016 12 March]; Available from: http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MAIS_ALERTAS/DETALHE_ALERTA?itemid=5711873.

Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Toxicologia Mecanística no ano letivo 2015/2016 do Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP). Este trabalho tem a responsabilidade pedagógica e científica do Prof. Doutor Fernando Remião (remiao@ff.up.pt) do Laboratório de Toxicologia da FFUP.

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